Era de ouro do Náutico - Temporada 2: Algum tipo de milagre - Saves de FM
Saldão
Recapitulando: meu desejo era me livrar de Buiú o mais rápido possível. O Santos apareceu interessado, mas eu esperei a janela abrir pra colocar ele à venda. Na real, percebi que meu desejo ia além. Era preciso uma completa reformulação do time, ainda mais considerando que Lucca Holanda não renovou sem contrato de empréstimo, Paulo Sérgio resolveu se aposentar depois da lesão de longo período e Mezenga e Modeste só decaíam fisicamente. Se eu pudesse, me livraria de todo mundo de uma vez. Infelizmente, fomos nos chocando com obstáculos.
Os jogadores mais velhos foram um trunfo na temporada passada. Mezenga foi o artilheiro do time, Ferreira cuidou do meio de campo e... Bem, só tenho coisas boas a falar desses dois mesmo. O resto foi decepção atrás de decepção e oneração da minha folha salarial. A questão é que vários deles foram definindo datas para suas aposentadorias, aproveitando o último ano de contrato que tinham para seguir tomando nosso dinheiro em troca de absolutamente nada, porque eu certamente não tinha mais vontade de colocá-los em campo com a deterioração física pela qual estavam passando.
No desespero, coloquei todo mundo à venda. Mezenga, Ferreira, Auremir, Modeste, Rayan, Alemão... Inclusive outros que não era bons o suficientes, como Igor Fernandes, Marco Antônio, Alan Patrick e Hélio Borges. Não adiantou muito. Nos primeiros dias de janela, me livrei de Geovane e Odilon por pouco mais de 100 mil reais. O que importava era negociar Buiú e o Santos foi imprudente o suficiente, me dando 11 milhões pelo ponta!
Às compras!
Um problema era a capacidade baixa de investimento. 11 milhões é um bom dinheiro, mas eu precisava fortalecer absolutamente todas as posições de um time fraco. Os únicos setores que eu não planejei contratar ninguém foram as duas laterais, e não foi por falta de vontade! Dito isso, era se virar outra vez nas contratrações gratuitas para trazer o maior número de novas caras possível.
O ataque era o nosso maior problema. Mezenga piorou muito, Modeste sequer valeu na Série C de cu e Lucca Holanda voltou ao Inter ao fim do empréstimo e o Colorado não quis liberá-lo para mais uma temporada. Depois de muita procura e várias ofertas, acertamos com Getúlio, ex-Tombense, e com o uruguaio Adrián Balboa. Solidificando a ideia de usar um 433 (ou 4123), fui atrás de alguns pontas. O jovem Alejandro Piadrahita, colombiano, seria o titular pela esquerda. Denner chegou para ser ponta direita e o também colombiano Carlos Rodríguez veio para ser reserva de ambos. Precisávamos de um goleiro reserva que pudesse disputar posição com o oscilante Adriel, então trouxemos Jeffersson Martínez, colombiano ex-Junior Barranquilla. Meu desejo era reforçar melhor a zaga, mas só conseguimos encontrar Anderson Angulo, mais um cafetero para jogar ao lado de seu compatriota, Jerson Malagón, transferido na segunda janela do ano passado. Na reta final, consegui trazer Juan Alano, na esperança de que ele tanto mude o patamar do time quanto seja o artilheiro que Balboa e Getúlio não conseguiram ser nesse início de temporada (olha o spoiler aí).
De novo isso?
Começamos meteoricamente outra vez, emendando 4 vitórias em janeiro, sempre marcando ao menos 3 gols, mas ainda sofrendo bastante na defesa. Aproveitei as partidas do Pernambucano pra testar Tiago Massa e Alex (esse é newgen) nas duas pontas e deu muito certo. Massa marcou 3 gols e 1 assistência em 6 partidas até março. Alex entrou em duas oportunidades a mais, alcançando a marca de 5 assistências e 1 gol no período!
As coisas pareceram se acertar em fevereiro, com as novas contratações começando a entrosar e a defesa nos garantindo 3 partidas sem sofrer gol, contando o empate em 0x0 contra o Sport, na Ilha. O jogo foi feio, sem grandes chances e extremamente equilibrado, o que me deu ótimos sinais para o restante do ano, já que enfrentaremos o popote na Série B.
Tivemos um tremendo acidente na partida seguinte, depois de abrir 2x0 contra o Treze nos Aflitos. Sofremos a virada e tivemos que buscar o empate 2 vezes para sair com um 4x4 que fez Adriel perder a vaga de titular no gol.
O resto da sequência foi muito mais tranquila. Goleamos o Íbis e o Maracanã e vencemos o Central antes do primeiro Clássico das Emoções de 2024. Fizemos uma partidaça e o 3x0 foi pouco!
Encerrando fevereiro, enfrentamos o Vitória do Espírito Santo pela 1ª fase da Copa do Brasil. Anderson Angulo teve sua melhor atuação no Timbu até então, marcando um hat-trick só de gols de cabeça em cobranças de escanteio! Só que o time derreteu no segundo tempo e o 4x1 virou um 4x3 bem constrangedor na reta final.
Antes do fechamento da janela e da chegada do último reforço (Juan Alano), vencemos o Afogados e empatamos contra o Ceará (novo sinal positivo, já que o alvinegro joga a Série A). Aí, começaram os problemas.
Réu confesso
Depois da saída de Buiú, o elenco montou um pequeno motim de 4 jogadores para cobrar uma reposição à altura. Pensei "mas lógico que vou repor, gente, ficamos sem titular na posição", então prometi que traria um ponta direito de nível alto pra suprir a ausência do craque da Série C de cu. O que eu não sabia é que na verdade o elenco considerava Buiú um lateral-direito. Aí fodeu. Arnaldo é nosso titular desde a temporada passada e é um jogador bem consistente e razoável. Raramente faz grandes jogos, mas quase nunca entrega a paçoca. Mateus Ludke mostrou alguma evolução e desempenho, o suficiente para eu renovar seu contrato como lateral direito reserva, rezando para que ele explodisse ou, ao menos, me rendesse um trocado. Para piorar, ninguém no mercado parecia bom o suficiente e, com o dinheiro curto e tantas posições precisando de reforços, escolhi deliberadamente não forçar contratações no setor.
Pois bem. Fechou-se a janela e Auremir, o líder do motim, já mostrou o descontentamento que fez a moral do vestiário cair. Na partida seguinte, coloquei os reservas para lidar com o Retrô, em casa, torcendo para ser o suficiente, já que enfrentaríamos o Coritiba no Couto Pereira apenas 2 dias depois. Era necessário. O time jogou mal, apesar do pênalti sofrido por Igor Fernandes e convertido por Carlos Rodríguez. Foi o suficiente para levarmos a vantagem ao intervalo. O Retrô empatou com um gol idiota no 2º tempo, em uma jogada que Adriel, colado à trave direita, não conseguiu proteger esse canto. Coloquei Juan Alano para buscar a vitória e pareceu ter funcionado depois que o camisa 11 tabelou com o newgen Alex, carregou da esquerda para o meio e, da entrada da área, acertou um chutaço no ângulo. Mas a máquina escolheu lados. E Adriel é ruim pra caralho. Tomou um chute no canto direito, de fora da área, e parecia inteiro no lance, mas não conseguiu espalmar, tomando um gol aos 42 do segundo tempo. O empate nos tirou da liderança do Pernambucano logo na última rodada, nos jogando para a 2ª posição da fase de grupos pelo 2º ano consecutivo.
Poderia ser pior. E ficou pior. Na ida ao Couto Pereira até jogamos melhor, mas Ribamar (aquele) marcou duas vezes e me deixou lamentando porque fizemos oferta salarial, mas ele preferiu passar o ano no Coxa e nos tirou da Copa do Brasil.
Restava a Copa do Nordeste, com 3 partidas fora de casa em 3 dias. Abrimos 3x0 contra o Altos, derretemos no segundo tempo, mas saímos com um 5x3 depois de dois gols de Alano e um de Alex. Essa defesa tá uma dor de cabeça.
A próxima partida era contra o Fortaleza e pensei que não tínhamos chance alguma. Para a minha surpresa, o time jogou muito bem e fomos superiores em finalizações e xG, apesar de termos menos posse de bola. Foi inacreditável ver Lucero entrar na área aos 47 do segundo tempo e marcar o gol solitário da derrota.
Na última rodada, precisávamos vencer para tentar pegar uma boa colocação e para não depender de ninguém para passar de fase. Fizemos um desconfortável 3x1 no ASA em Arapiraca sem jogar nada melhor e ganhamos a vaga nas Quartas. O problema eram os adversários: o Ceará, nos Aflitos. Para terminar de complicar a situação Malagón se lesionou antes da partida e ficaria de fora para a reta final do primeiro semestre. Dureza. Alemão, seu substituto, fez um primeiro tempo péssimo. O Ceará aproveitou suas chances e o esforço de Alex não deu conta. O jovem marcou duas vezes, mas o Ceará fez 3 gols e nos eliminou do Nordestão.
Voltando ao Pernambucano, o Santa Cruz acabou eliminado em pleno Arruda e tornou nossa tarefa mais fácil. Goleamos o Petrolina por 4x0 para chegar à Final. O Sport ficou no 0x0 contra o Retrô, mesmo com 30 minutos com um jogador a mais, mas se classificou nos pênaltis. Mais uma vez, o Galeto seria decidido em um Clássico dos Clássicos. Começamos melhor, mesmo com menos posse de bola (tônica do restante da partida). Apesar de termos mais finalizações, Bruno Lamas cruzou, Aílton marcou mal e Erick ficou livre para finalizar, pegar o rebote depois da bola na trave e empurrar para o fundo das redes. Lei do ex direto da base e de um jogador que, na vida real, é altamente identificado com o Náutico. Foi difícil de engolir.
Fomos ao vestiário com a certeza de que nada estava perdido, vide nossa superioridade. Chacoalhei as coisas criticando a exibição do time e dizendo que era inadmissível a derrota. Para a minha felicidade, o time respondeu rapidamente. Denner puxou contra-ataque pelo meio e deu passe para Getúlio. Ele entrou na área bagunçada e achou um passe para Juan Alano, que infiltrou para empatar! 5 minutos depois, Marcos Júnior recebeu de Arnaldo e cruzou rasteiro, da ponta direita. Denner conseguiu o desvio, que ainda bateu na trave esquerda de Walter antes de balançar as redes, virando o placar!
O 2x1 já cumpria o meu desejo, mas o time quis demonstrar mais. A zaga cortou a cobrança de escanteio de De Pena, da direita. Arnaldo pegou a sobra e deu passe para a entrada da área. Mentalmente, eu gritei "daí não Sidny Aílton!!!". Mas o lateral-esquerdo, que dormiu no gol do Sport, achou um chutaço no ângulo direito!!! QUE GOLAÇO! Ficaria melhor 4 minutos depois. Com o time ainda todo no ataque, a bola rodou até De Pena soltar para a esquerda. Aílton foi entrando na área sem combate e soltou outro chutaço no ângulo direito de Walter para definir um 4x1 maravilhoso e extremamente merecido! Foi o bicampeonato Pernambucano do save, mas o tetra se considerarmos o histórico da vida real (2021 e 2022), lembrando que o save começou em 2023.
Um preâmbulo
Vou abrir esse parênteses textual para falar das expectativas para a Série B antes de começar a disputa. Com a janela fechada, não podíamos fazer mais nada. A direção pediu outra vez para definirmos os prêmios coletivos e, dessa vez, preocupado com a moral do grupo e com o fato de que me pediram para decidir isso justamente na semana da final do Pernambucano, deixei no valor normal. Complicado, porque se premiássemos o grupo com o mínimo valor possível, teríamos mais 700 mil reais para gastar com salários, o que poderia ser fundamental para nos colocar de vez na briga pelo acesso.
Briga, inclusive, que não parecia factível. Olhando a antevisão da época, o Náutico estava cotado para terminar na 9ª colocação, o que me indicava que precisaríamos de algum tipo de milagre. Considerando como a defesa parecia frágil e como a posição de centroavante não me agradava, acho que a previsão estava correta. Neste ponto da temporada, nosso artilheiro do time era Balboa, com 8 gols, seguido de perto por Angulo (sim, o zagueiro), com 7. Pelo menos as assistências eram um caso de sucesso. De Pena tinha 9, Alex, o da base, tinha 7 junto com Arnaldo e Marcos Júnior tinha 6.
Se você me perguntasse, te confirmaria: não tenho intenção real de subir. Prefiro tentar vender os jogadores que tenho agora, esperar o contrato de outros acabar (14 contratos se encerrarão até o final da temporada) e seguir fortalecendo o time com novas contratações gratuitas para renovar este ciclo. Por outro lado, olhei as folhas salariais da Série B e me espantei com o fato de que tínhamos o 4º maior gasto salarial da divisão, atrás apenas de Santos, Coritiba e Cuiabá, todos tidos como equipes que figurarão o G4. Isso quer dizer que gosto das nossas possibilidades? Não. Mas estaremos na disputa e farei o possível para tentar o acesso, ainda que sejamos rebaixados logo em seguida, porque financeiramente vale a pena. Se disputaremos de fato ou não, descobrirei.
Dito isso...
Dito isso... Recebemos o Cuiabá nos Aflitos na primeira rodada e dominamos. Getúlio marcou um hat-trick (coisa rara), tivemos 19 finalizações contra 10 deles, 3,50 de xG, contra 0,86 e vencemos por 5x2. Sigo sem saber o que esperar, mas doidinho para descobrir.
Deixa a vida me levar
No restante do mês de abril, oscilamos perdendo fora de casa para o CRB e para o Botafogo de Ribeirão. Em casa, goleamos o Athletic e empatamos com o Santos, o que nos deixou no meio da tabela.
Não sei o que mudou em maio, mas a defesa só levou 4 gols em 6 jogos (nas 5 partidas anteriores, tinha sofrido 8) e isso nos deu tranquilidade pra engatar um mês excelente, de 4 vitórias e 2 empates em 6 partidas. Com essa sequência, não só entramos na briga pelo acesso, como chegamos à 4ª posição.
Conseguimos manter o ritmo em junho mesmo com certos imprevistos. Adriel pediu tempo de jogo, já que Martínez vinha sendo o titular absoluto depois que o jovem goleiro tomou 2 gols safados contra o Retrô, ainda na fase de grupos do Pernambucano. Querendo o bem do vestiário, fiz a troca e Adriel não decepcionou por bons jogos. Nas suas 5 primeiras partidas, passamos 4 sem sofrer gols. O nível passou a cair justamente perto de enfrentarmos o Sport, nos Aflitos, contra o qual saímos perdendo logo aos 3 minutos, com Rafael Thyere marcando de pênalti. Cara de nauticada. Mas Carlos Rodriguez e Marcos Junior viraram o placar, fazendo valer toda a nossa superioridade para sairmos com 3 pontinhos muito suados.
Logo depois das 5 boas partidas, Adriel emendou uma sequência de 5 partidas ruins, sofrendo gols em todas. Nem tudo recai sobre ele. O time estava muito cansado e algumas lesões foram pipocando por todo o elenco, nos tirando Piedrahita, Denner, Getúlio e Marcos Júnior. Ainda assim, seguimos muito bem e nos mantivemos invictos.
A questão é que a partida diante do Grêmio Novorizontino era chave para nos mantermos brigando pelo G4. Fomos melhores e abrimos 2x0 aos 19 do segundo tempo. O GNV gás natural veicular descontou 3 minutos depois, mas falhou em seguir ameaçando. De repente, aos 40 do segundo tempo, Adriel cobrou um tiro de meta nos pés de Léo Tocantins, que entrou na área e empatou o jogo. O goleiro terminou a partida com nota 6.1 e eu tive a certeza que não poderia mais dar outras chances.
Contratempo superado rapidamente. Recebemos o América-MG em casa, outro adversário na briga pelo acesso, e Anderson Angulo fez o que eu nunca vi um zagueiro fazer em FM. Marcou 4 gols de cabeça, liderando nossa goleada por 6x0 junto com Carlos de Pena, Juan Alano e Alex. O resultado solidificou nossa campanha, encerrando o 1º turno com 39 pontos, na 3ª posição, com 5 pontos de vantagem sobre o Novorizontino.
Logo depois, entramos em uma sequência insana de difícil, com partidas contra equipes do G4. Primeiro, o CRB nos Aflitos. Nos vingamos da derrota tardia da ida com um 5x2 dominante! Em seguida, fomos a Cuiabá enfrentar o líder. Eu temia pelo pior, mas Balboa abriu o placar aos 3. Denner e Angulo não deram chance e o Cuiabá só descontou no final. Depois, fomos a Minas enfrentar o Athletic e conseguimos construir o mesmo placar: 3x1 outra vez.
Empatamos em pontos ao final dessa sequência absurda e estávamos prontos para pressionar o Cuiabá vencendo o Botafogo de Ribeirão nos Aflitos. Só que Balboa fez uma partida inacreditavelmente horrorosa. Ruan Oliveira nos puniu por perder tantas chances a 20 minutos do fim, na primeira finalização tricolor do jogo. Não pude acreditar que nossa sequência iria terminar assim, com mais de 20 chutes ao nosso favor e só 2 pelo lado do Botafogo. Nós tivemos 4,21 de xG no final da partida contra 0,86 deles. Por sorte, Piedrahita voltou de lesão, entrou na área e sofreu pênalti. De Pena assumiu a cobrança, mesmo com a minha relutância em deixá-lo cobrar (tinha perdido um contra o Cuiabá). Mas ele teve frieza para deslocar o goleiro. O 1x1 foi muito pouco, mas foi o suficiente. Ao fim da rodada, o Vitória bateu o Cuiabá por 2x0, nos deixando na liderança da Série B!
A magia continuou em agosto. Vencemos 4 das 5 partidas disputadas, sem sofrer gols em 3 delas e goleando o Operário na última data. O mercado estava aberto desde o final de julho, então aproveitamos para fazer algumas mudanças. A Tombense veio por Patrick Allan, finalmente nos livrando dele por 18 mil reais.
Relevante mesmo foi a venda de Mateus Ludke para o Paysandu, por 2,4 milhões (pode chegar até 3 milhões). Com essa venda, trouxemos o volante Yago Felipe para reforçar o meio de campo, visando a aposentadoria de Ferreira, de graça, sem clube. Por outro lado, ficamos sem reserva para a lateral direita e eu tive que pagar meio milhão para trazer Breno do São Bernardo.
Eu estava satisfeito com as movimentações e não planejava mexer em mais nada, já que não tinha sobrado mais muito dinheiro e as melhores opções para de fato reforçar o plantel eram todas estrangeiras. Como já tínhamos 7 estrangeiros no elenco principal, não podia contratar mais um por causa das regras de inscrição. Eis que Adriel bate em minha porta outra vez, incomodado pelo tempo de jogo, algo que eu pensei que já estava resolvido. Ele pediu pra sair e eu disse "tchau". Mas nenhum clube parecia querer contratá-lo.
Depois de muito oferecer e pedir pra seu empresário resolver a situação, o Operário apareceu com 4,25 milhões de reais. Era tudo o que eu queria desde sempre. deus abençoe o Operário de Ponta Grossa! Rapidamente, o elenco ficou incomodado com a falta de goleiro reserva, então eu puxei Kayode Bankole, um goleiro nigeriano de 22 anos que estava livre desde o começo do ano, me deixando muito interessado. Para acomodá-lo nas reservas, terei que tentar enrolar Carlos Rodríguez de alguma maneira. Espero conseguir esse feito.
Outro a se aposentar em breve seria o capitão Alemão (além de Rayan também, mas quem liga??), me deixando com apenas 3 zagueiros disponíveis para a reta final da Série B. Por isso, tive que pagar 1,55 milhão por Kanu, do Bahia, na esperança de que ele ajude também a elevar o nível da equipe.
Setembro foi um mês mais paradão, com apenas duas rodadas disputadas. Também foi nosso pior mês do ano. Tomamos uma virada do Coritiba em casa com Martínez fazendo uma péssima partida. Por sorte, Igor Fernandes achou um golaço para garantir um empate mas, somando com as duas partidas anteriores, tínhamos 5 pontos de 9 disputados. Não era grande coisa. Ficou pior logo na sequência. Nada deu certo na Ressacada. O Avaí abriu 2x0 no primeiro tempo com muita facilidade. Denner diminuiu, mas ainda perdemos. Era o fim da nossa sequência de 25 jogos de invencibilidade na Série B.
Por causa da oscilação, o Cuiabá se aproveitou para colar na nossa pontuação, diminuindo a diferença para 3 pontos. Uma tripleta de Denner com mais 2 gols de Balboa foi fundamental para manternos a distância com um sonoro 5x1 diante do Vitória nos Aflitos. Mantivemos a pegada, batendo o Floresta fora de casa e recebemos a Ponte Preta logo em seguida, com chance de garantirmos o acesso à Série A.
Angulo abriu o placar depois da cobrança de escanteio de Juan Alano. Foi o meia quem ampliou, pegando rebote da jogada de Denner. No segundo tempo, Adrian Balboa fechou o placar. Ryan Francisco descontou aos 50 do segundo tempo, mas já era tarde. Garantimos a subida!
Na sequência, fomos à Ilha do Retiro enfrentar um Sport em frangalhos. Tinham acabado de demitir o treinador e estavam na porta do Z4. Não tivemos pena. Amassamos no primeiro tempo, abrindo 3x0 em 40 minutos com dois de Denner e um de Balboa. Barletta descontou no segundo tempo, onde o Sport foi um pouco melhor. O resultado afundou os rubro-negros dentro da zona de rebaixamento.
A disputa pelo título seguia acirrada, mas o Cuiabá perdeu para o Vila Nova e para o Grêmio Novorizontino. Conseguimos uma folga, pulando para 78 pontos na 35ª rodada, contra 69 do Cuiabá. Precisávamos apenas vencer o próprio Vila, em Goiás, para levantar a taça da Série B, já que o Cuiabá venceu sua partida.
Não seria fácil. O Vila vinha de 4 vitórias em 5 partidas, apesar de estar em 15º lugar. Balboa abriu o placar e Angulo ampliou. 2x0 em 19 minutos, quero mais o quê? Só que Breno fez gol contra aos 27 e o Vila começou a achar espaços. Seguramos até o intervalo. No segundo tempo, já aos 32, Yago Felipe meteu a mão na bola e a árbitra deu o pênalti. Bankole tinha pegado algumas cobranças antes, mas não conseguiu parar Gabriel Poveda, que arrancou o empate. Não importava. O empate já garantia o nosso título!
Cumprimos o protocolo nas duas rodadas finais, empatando em casa com o Novorizontino e vencendo o América fora. Denner foi artilheiro e melhor jogador da Série B, marcando 22 gols, mesmo número de Balboa, co-artilheiro que jogou mais partidas que seu companheiro e, por isso, ficou em segundo lugar nessa tabela. Fui considerado o melhor técnico e Juan Alano foi o grande garçom da competição com 21 assistências, um número surreal, já que o segundo lugar teve apenas 12. Outro desempenho notável foi de Alex, considerado a grande revelação da Série B!
O jovem me deu uma boa sensação para o futuro, apesar de não ter colaborado tanto assim, mas já foi uma temporada sensacional para uma estreia jovem. Por outro lado, boa parte do elenco estava envelhecida ou envelhecendo e mesmo os destaques citados acima não me convenceram. Balboa e Denner oscilaram bastante, assim como Juan Alano. Acho que estão no nível da Série A, mas sabia que precisaria abrir mão de alguns deles pra aumentar mais rápido o nível do meu time, especialmente considerando que eu não tinha orçamento de transferências além de 550 mil reais disponíveis para novos salários.
Sem poder fazer grandes contratações, a missão era tentar desovar estrangeiros mais velhos, junto com De Pena, que não renovou contrato apesar de bons números (13 gols e 16 assitências, mas deteriorou fisicamente). Mais uma vez, eu precisaria de uma mini revolução no elenco. Mas isso é uma conversa para a próxima temporada!