Versão genérica

Era de ouro do Náutico - Temporada 5: Marcado pela glória - Saves de FM

Trabalhando com o que tinha

A janela se abriu outra vez e fui me livrando de alguns reservas. Fernando Henrique, Sabino, e mais um punhado de jovens que ainda não tinham atingido seu potencial acabaram saindo. Tive que abrir mão de Lucas Souto pela problemática das vagas de estrangeiro, mas a venda mais significativa foi a de Pepê. Tanto pelos 80 milhões irrecusáveis oferecidos pelo Al-Wehda quanto porquê eu precisava abrir espaço pra fazer El Sayed ter mais minutos em campo.

Página de vendas do Náutico da janela de início de ano. A venda mais significativa foi de Pepê, por 80 milhões. Outras importantes foram de 23 milhões por Fernando Henrique e Lucas Souto e 22 milhões por Sabino

Querendo fazer uma renovação aos poucos, e sem tanto dinheiro assim pra gastar, já que só 60% do ganho com venda de jogadores estava sendo retornado para gastar com contratações, busquei jovens mais baratos para as posições mais urgentes. Christian veio de graça pra preencher o rombo no meio de campo depois da saída de Alan Franco (20 milhões para o Del Valle). Sem conseguir uma reposição brasileira para Lucas Souto, contratei o jovem bonecão José Marcos do CSA, ainda bastante cru. Para resolver a lateral-esquerda, contratei Andrei Borza, do FC Rapid, por 24 milhões. Ainda gastei 21 milhões em Wanderson, jovem zagueiro bonecão do Atlético Goianiense que também joga de volante. Insatisfeito com Rodrigo Muniz e querendo uma opção melhor que Sabbag, trouxe Konstantin Tyukavin, russo do Dínamo Moscou para reforçar o ataque, pagando 28 milhões de reais. Mas a contratação mais cara mesmo foi a do goleiro bonecão Cacá. 35 milhões na cláusula de um goleiro muito jovem e ainda longe do ideal, mas que tem um bom potencial e pode desbancar Keiller no futuro (rezo pra isso).

Atributos de Cacá, um goleiro bem jovem e que ainda deve melhorar, mas já tem alguns atributos perto de 13 na técnica, como reflexos e um pra um

Hepta é luxo

Abrimos o Pernambucano goleando o Maguary por 13 a 0. Na 2ª rodada, enfiamos 6x1 no Santa Cruz (que deus o tenha). Batemos também Petrolina e Retrô antes de vencermos o Fluminense pela Supercopa do Brasil. Também não teve tanta graça. El Sayed, Jair e Tyukavin fizeram 3x1 antes de o Flu diminuir pra 3x2 no finalzinho do segundo tempo.

Na sequência do Pernambucano, mais jogos sem emoção. Batemos o Sport por 3x1 e goleamos Central e Belo Jardim (13x0), antes de vencer também o Afogados. Aí sim, o ano começou.

Caímos no Grupo D da Libertadores, reencontrando Talleres e Peñarol, além do Deportivo Táchira. Foi contra os Venezuelanos a nossa estreia nessa Libertadores 2027. Com um 3x1 tranquilo fora de casa. Depois de golearmos o Salgueiro por 7x1, batemos Peñarol e Talleres em sequência, terminando o primeiro turno da fase de grupos na liderança.

O Pernambucano chegou à reta final sem novo estresse. Goleamos o Salgueiro na semifinal, aplicando 11x1. O Sport eliminou o Santa Cruz e nos reencontrou na final, jogada na Ilha do Retiro. Mateus Mizushima abriu o placar bem cedo, aos 2, mas Pedro Henrique empatou aos 10. Liziero virou, mas Malcom empatou. Tyukavin e Jair trouxeram o hepta com gols no segundo tempo. Já tá até sem graça isso.

Jogadores enfileirados, chegando ao palco no centro do gramado da Ilha do Retiro, prontos para levantarem a taça do Pernambucano outra vez

Buscase rival

Passamos as 5 próximas partidas sem sermos vazados, batendo Peñarol, Coritiba, Juventude, Deportivo Táchira e o Corinthians duas vezes. Como resultado, eliminamos o Timão da Copa do Brasil e garantimos 100% de aproveitamento na fase de grupos da Libertadores, depois de vencer o Talleres.

Em maio, empatamos com Fortaleza e Internacional, mas seguimos vencendo as outras partidas, contando com outro avanço na copa nacional, fazendo o Coritiba de vítima com um agregado de 6x2.

Calendários dos meses de abril e maio, mostrando a sequência de jogos com alguns resultados mencionados acima e outros um pouco mais rotineiros

Nem tão timbatível assim

Até começamos fortes em junho, vencendo América Mineiro, Atlético Goianiense, Fluminense e Ceará, levando apenas 2 gols nas 4 partida. Com a sequência, colamos na vice-liderança, com 29 pontos em 11 rodadas, 2 pontos atrás do Atlético Mineiro, que tinha 3 jogos a mais. Bom sinal!

O problema era a sequência seguinte: Grêmio, 3º colocado, o próprio Atlético Mineiro em seguida e, para encerrar, São Paulo, 6º na tabela. Jair e Malcom resolveram contra o Grêmio, mas deixamos a peteca cair. Depois de 25 partidas de invencibilidade na Série A e 50 contando todas as competições, reencontramos o Atlético Mineiro, dono da nossa última derrota em tempo normal desde 2026. O Galo abriu os mesmos 2x0 do ano anterior no primeiro tempo e ampliou o placar no segundo. Não aparecemos para jogar, melhorando pouco no final da partida e arrancando um depressivo 3x1. De quebra, perdemos a liderança para eles (ainda com 2 jogos a menos).

Recorte do jogo mostrando a notícia que anuncia o fim da nossa sequência invicta de 25 partidas

Nos restabelecemos com certa rapidez, batendo o São Paulo e eliminando o RB Bragantino para chegar às semifinais da Copa do Brasil. O Bahia foi outro detalhe, mas o Palmeiras complicou as coisas, disputando muito a posse de bola. Achei que seria mais fácil do que a realidade impôs quando Díaz abriu o placar com um golaço aos 4. Saldanha empatou no segundo tempo e não conseguimos mais reagir. Quer dizer, Tyukavin teve uma chance inacreditável nos acréscimos, sozinho dentro da área, mas mandou pra fora.

Resultado e estatísticas contra o Palmeiras. Imprimimos 15 a 5 em finalizações, mas o alviverde conseguiu 67% de posse de bola, dificultando o jogo

Assédio completo

A janela de transferências estava aberta há 4 dias. Eu rejeitei ofertas de centenas de milhões de reais por Roviola por 4 dias. Arsenal, Manchester United e Real Madrid estavam pegando no pé, mas o lateral não parecia em desespero para mudar de time. Bom pra mim.

Por falar em 4, 4 dias antes de a janela abrir, o Al-Ahli ofereceu 85 milhões de reais por Malcom. Eu não tinha do que reclamar do ano dele. Já acumulava dígitos duplos em assistências e gols, sempre um jogador muito confiável. Mas, ao mesmo tempo, já estava com 31 anos e veio de graça. Era a chance de fazer um lucro considerável e evitar fortalecer outro time brasileiro. Não pude recusar.

Página de atributos de Malcom, com destaques para 17 de imprevisibilidade e Sem bola, além de 16 de técnica e agilidade

Meu plano para substituí-lo era o jovem bonecão Marcello Antunes, do Santos. Apenas 20 anos, 5 estrelas de potencial, 15 de passe, 17 de primeiro toque, 16 de técnica, 16 de agilidade e 16 de impulsão, além de 15 de velocidade e 1,87m de altura. Seria um ótimo homem surpresa e por apenas 22 milhões, uma pechincha. O problema é que o Botafogo atravessou o negócio e sei lá por qual motivo ele preferiu morar no RJ.

Mas tudo bem. Daoud estava pronto para assumir a posição, inclusive pedindo mais tempo de jogo. Gustavo Mantuan, livre no mercado, foi a reposição para a reserva da ponta direita. Matías Medina saiu para o RB Bragantino por 22 milhões, principalmente para desafogar o número de estrangeiros desse elenco. Trouxe Maycon, do Shakhtar para ser reserva de El Sayed, construindo jogo na volância, outra negociação gratuita.

Inclusive, todas as negociações foram gratuitas no começo do mercado. Já mirando me livrar de Pantovic, outro que ocupava vaga de estrangeiro, investi em Luís Henrique, ex Olympique de Marselha e Botafogo, para ser reserva de Díaz. A grande contratação da janela, até então, foi o zagueiro Beraldo, outro que veio de graça, com contrato terminando no PSG.

Página de atributos do zagueiro Beraldo. Sua parte física é extraordinária, tudo no mínimo 14. O mental também é ótimo, com destaques para 16 de antecipação e 15 de posicionamento

A venda mais significativa do período foram os 50 milhões que o Grêmio pagou por Rodrigo Muniz, que era a 3ª opção do ataque e praticamente não jogou. Mas a minha preocupação mesmo veio com o Bayern oferecendo mais de 100 milhões por Luis Ángel Díaz. Não que eu o considere essencial pra equipe. Até tinha uma opção tão boa quanto, se não melhor, em Kevin, ex-Palmeiras que joga pelo Shakhtar, mas não me pareceu interessante trocar um jogador que já estava entregando tanto (12 gols e 18 assistências em 33 partidas) pela incerteza de outro que demoraria para se encaixar e se adaptar, sem falar dos 100 a 130 milhões que eu teria que pagar...

Consegui rejeitar a proposta, convencendo o jogador de que seríamos campeões da Libertadores já nessa temporada. Não sei se eu acreditava, ainda mais perdendo para o Atlético-MG e sem conseguir vencer o Palmeiras de jeito nenhum.

No fim das contas, finalmente consegui me livrar de Pantovic, fechando o elenco com 7 estrangeiros para evitar problemas na escalação. O Al-Fayha pagou 62,5 milhões (com chance de chegar a 72,5) por um jogador estrangeiro reserva que veio de graça. Bom demais!

Não somos tão bons quanto pensávamos

Depois do empate contra o Palmeiras, ficou o incômodo que foi constatado com uma dura realidade: simplesmente não somos tão bons assim. Não sei como fomos bicampeões brasileiros, creio que tenha sido uma questão de ocasião mesmo porque, comparando com o time titular do Palmeiras, só temos 2 jogadores superiores em atributos (Tyukavin e Díaz melhores que Saldanha e Paulinho).

A realidade seguiu batendo à nossa porta. Vencemos o Juventude e eliminamos o Rosário Central pelas oitavas da Libertadores, mas tropeçamos outra vez ao enfrentar o Palmeiras de novo pela Série A. Para piorar, pegamos o Botafogo 3 vezes em 4 partidas. Perdemos 2 e empatamos 1, resultando na nossa eliminação da semifinal da Copa do Brasil após perder em casa.

O resto do mês de agosto nos deu uma levantada, com vitórias diante do Flamengo e do Fortaleza. Também eliminamos o Boca Juniors, fazendo 4x0 em La Bombonera e segurando o 0x0 nos Aflitos. O gosto voltou a ficar azedo rapidamente ao perdermos outra vez, mesmo jogando melhor que o Internacional, no Beira-Rio.

Print do calendário mostrando as partidas citadas acima em ordem

Setembro nos reservou outro encontro contra o Flamengo, além de dois confrontos contra o Cruzeiro, tudo pelo Brasileirão. Entre algumas oscilações, lesões e convocações, também nos saímos bem contra o Corinthians, mas deixamos pontos no empate contra o RB Bragantino e fomos presa fácil diante do Bahia, na Fonte Nova.

Calendário mostrando os resultados das partidas de setembro, começando com dois 2x0 contra Flamengo e Cruzeiro. Depois, 1x1 contra o RB Bragantino, 4x0 contra o Cruzeiro outra vez, derrota por 2x0 contra o Bahia e vitória por 1x0 contra o Corinthians, sendo os últimos 4 jogos fora de casa

Em mais uma demonstração de fraqueza, sucumbimos diante do Vasco, tomando uma tripleta de Clayton, que arrancou a virada. Nos restabelecemos batendo o RB Bragantino nos Aflitos para fixar a vantagem na liderança em 3 pontos sobre o Palmeiras (que roubou a posição do Atlético Mineiro em confronto direto no período). Então, veio o que realmente nos importa.

Quatro letras, 2 metros de altura

Voltamos a Buenos Aires, dessa vez para enfrentar o temido River Plate, atual bicampeão da Libertadores no save. Para piorar, estávamos sem Tyukavin e Cacá, lesionados. Logo aos 6 minutos, Soruco lançou para a ponta direita. Mastantuono foi à linha de fundo e tocou para trás. Soruco reapareceu, batendo no canto esquerdo para estufar as redes.

Apesar do começo difícil e da falta de posse de bola, nos mantivemos melhores, conseguindo algumas finalizações no decorrer do primeiro tempo até que, aos 36, Díaz cobrou escanteio da esquerda. Jair subiu no primeiro pau e acertou o cantinho direito de Conan, deixando tudo igual!

Aos 17 do segundo tempo, Subiabre cruzou rasteiro da esquerda para dentro da área. Borza tentou o desarme para cima de Ruberto, mas acabou cometendo o pênalti. Keiller nem viu a cor da bola! 2x1!

Por sorte, nossa bola parada rendeu outra vez, apenas 4 minutos depois. Díaz cobrou escanteio da esquerda, reencontrando Jair no primeiro pau. O artilheiro das 4 letras não perdoou, deixando tudo igual outra vez!

Seguimos melhores no número de finalizações, apesar da ainda falta de posse de bola. Aos 38, o River teve falta na esquerda de ataque, cobrada por Simón. Keiller afastou, José Marcos completou e Sabbag correu o campo inteiro livre com a bola, carregando até entrar na área adversária. Era só ele e o goleiro, pronto para fazer, mas ele puxou para a canhota e mandou para fora! Deu vontade de desligar o pc da tomada

De qualquer jeito, pareceu o suficiente para me dar esperanças de que seria possível enfrentar de igual para igual nos Aflitos, ainda mais observando as estatísticas.

Estatísticas e resultado contra o River em Buenos Aires. Tivemos 18 contra 7 em finalizações e 1,95 contra 1,71 de xG, mas perdemos a posse de bola, com apenas 42%

No jogo seguinte, time completamente reserva para pegar o lanterna, América-MG. Foi um jogo meio esquisito, um 5x2 que só se abriu nos acréscimos, mas deu para mantermos nossa situação e só pensarmos na partida da volta.

Por sinal, também perdemos Borza e Jeferson por lesão na partida de ida, o que nos deixou alguns minutos com um jogador a menos, nos acréscimos. Sem o titular da lateral-esquerda, improvisei Alexsander, tentando dar contra de Mastantuono. Por outro lado, tivemos Tyukavin de volta, compensando a ausência de Jeferson e nos fazendo escapar de mais uma improvisação.

No fim das contas, quem decidiu de novo foi Ele (com E maiúsculo porque tá virando status de divindade mesmo). Aos 4 (cabalístico), Alexsander cobrou escanteio da direita para o primeiro pau. Quem mais senão ELE apareceu para estufar as redes?!?!?! 1x0!

Seguimos controlando bem, tentando aproveitar mais escanteios. O River só incomodou em jogada de Mastantuono na segunda etapa. Ruberto recebeu passe dentro da área, mas mandou direto para fora. Aos 20, ELE reapareceu. 4 letras, 4 cabeçadas, 4 gols no confronto! Escanteio da esquerda e Díaz reencontrou Jair! 2x0!

O River esteve muito perto de diminuir em bela jogada coletiva. No fim das contas, Suroco deu uma enfiada linda para Simón pisar na área e bater cruzado, mas o jogador millionário desperdiçou! Jair quase chegou a uma tripleta aos 30, em novo escanteio cobrado por Alexsander, mas Conan fez uma defesa espetacular no canto esquerdo! De qualquer maneira, não conseguiram evitar nosso 3º gol. Mizushima recuou para Beraldo, que lançou para a lateral esquerda de ataque. Díaz escorou de cabeça para o meio e Mizushima foi como um raio, se antecipando a Quarta para invadir a área e bater cruzado! Estaremos no Campeón del Siglo!!!

Resultado e estatísticas do 3x0 contra o River nos Aflitos. Tivemos 15 a 6 em finalizações, 1,42 contra 0,69 de xG e 55% de posse de bola.

O time da virada

O nosso próximo compromisso era contra o Atlético Goianiense. Jogo fundamental pela 33ª rodada, ainda mais depois que o Palmeiras ficou no 0x0 contra o Coritiba em casa. Os rubro-negros tentaram temperar a partida, com lançamento do goleiro José Hernández para Agustín Martegani sair cara a cara com Keiller e abrir o placar ainda aos 8 minutos.

Começamos a martelar bastante, mas saímos derrotados ao final do primeiro tempo, com grande atuação do goleiro adversário. Mas, com a motivação certa, mantivemos a crença na virada e ela veio. Díaz fez boa jogada pela esquerda e tentou a finalização. Ele mesmo pegou o rebote e serviu Mizushima, que empatou. Poucos minutos depois, Daoud fez jogada pela direita, entrando na área e cortando para o meio. Ele arriscou o chute, que desviou em Oliveira (um bonecão que eu tirei do Cascavel e vendi pro Atlético Goianiense) e entrou!

Ainda tivemos algumas chances de ampliar, mas o mais importante era arrancar esses suados 3 pontos para ganhar uma vantagem considerável na liderança.

Estatística e resultado contra o Atlético Goianiense. Finalizamos 29 vezes, tivemos 3,05 de xG e 70% de posse de bola

Na sequência, fomos visitar o Fluminense no Maracanã. Outro pesadelo parecia começar quando Martinelli desarmou Beraldo e deu passe para John Arias na entrada da área. O colombiano acertou um chutaço no canto esquerdo, abrindo o placar.

Outra vez, insistimos, não com tanta imposição como contra o Atlético Goianiense. Depois de algumas mudanças, sendo a mais importante a entrada de Tyukavin no lugar de Sabbag, Díaz apareceu para nos resgatar outra vez, com passe rasteiro para o centroavante ucraniano empatar o jogo aos 26 do segundo tempo!

Dessa vez, não parecia que conseguiríamos a virada, com o empate se mantendo até os minutos finais. Só que Cacá derrubou Díaz dentro da área aos 43 do segundo tempo! Tyukavin assumiu a cobrança e guardou mais um, o da virada!

Resultado e estatísticas contra o Fluminense. Tivemos 18 a 9 em finalizações, 2,23 contra 0,93 de xG e 65% posse de bola a nosso favor.

O resultado nos fez abrir 7 pontos de vantagem com 4 partidas restantes. Mas eu não estava lá muito confiante em pegar o São Paulo no Morumbi. O time estava cansado, algumas peças não estavam mais correspondendo em desempenho e eu fui forçado a fazer várias mudanças. A prática comprovou meu medo com uma partida extremamente desconfortável. Quer dizer, até abrimos o placar com escanteio cobrado por Maycon e cabeçada de Ogbu no primeiro pau, mas o São Paulo empatou 10 minutos depois, com Ricardinho completando lançamento de Pablo Maia dentro da pequena área.

O São Paulo seguiu muito melhor durante o restante da partida, dominando em finalizações, apesar de menor posse de bola. Na reta final, considerei que, com algumas alterações, talvez pudéssemos arrancar o gol da vitória, assim como nas partidas anteriores. Mas o Náutico é o time da virada, e quem abriu o placar foi a gente, então Rodrigo Nestor tratou de achar Pablo Maia na pequena área e virar o jogo aos 36 do segundo tempo. Mal tivemos força para uma reação, chegando a empatar nas finalizações, mas foi só isso mesmo.

Resultado e estatísticas do 2x1 contra o São Paulo. Empatamos em 11 a 11 nas finalizações, com 7 a 4 no gol para eles. O São Paulo ainda teve 2,74 de xG contra 1,17 nosso. Tivemos 59% de posse de bola

O próximo adversário foi o Ceará e, em jogo muito tranquilo, goleamos por 4x0 com uma tripleta de Jair, todas a partir de cobranças de escanteio. Mágico! Mantivemos os 7 pontos de vantagem, agora sobre o Botafogo, que ultrapassou o Palmeiras. Só restavam mais 2 partidas, mas Botafogo e Palmeiras tinham um jogo a menos, poderiam nos ultrapassar. De qualquer maneira, só precisávamos vencer o Grêmio em Porto Alegre para levantar a taça (o que é um problema, já que somos tratados como rivais no jogo).

Outro ponto positivo em nosso favor era que o Botafogo enfrentaria justamente o Palmeiras em confronto direto. Mas a data para a qual marcaram o jogo era inacreditável. No meio de uma data FIFA! Tivemos 7 jogadores convocados (Díaz, Sabbag, Roviola, Daoud, Ogbu, El Sayed e Borza) e ainda tínhamos as lesões de Moscardo, Mantuan, Tyukavin e Alexsander para dar conta.

Com tanto desfalque, fomos para a Arena do Grêmio com apenas 2 reservas reais. Um deles era o goleiro Keiller, o resto foi bonecão que o jogo completa automaticamente. Era basicamente rezar por algum paliativo, o que ficou mais difícil quando o árbitro achou um pênalti depois de confusão dentro da área. Ospina cobrou, mas Cacá deitou no canto direito para espalmar! O arqueiro seguiu sendo herói da partida, enquanto melhoramos razoavelmente. Aos 44 do primeiro tempo, Luciano Juba cobrou escanteio e Jair, sempre ele, estufou as redes de cabeça! 1x0!

Era o suficiente para sermos campeões. O time foi cansando na etapa final, mas eu só podia tirar um jogador para colocar Christian. Reforcei o meio de campo tirando Mizushima, que não foi bem de centroavante. O Grêmio foi melhorando em posse de bola e passou a finalizar mais, mas Cacá continuou nos salvando. Pelo menos até os 49 do segundo tempo, quando Michael (aquele, o robozinho biruta) acertou um chute inacreditável no ângulo direito. Não havia mais nada a fazer.

Resultado e estatísticas do 1x1 contra o Grêmio. Tivemos 12 contra 11 finalizações e 1,35 contra 1,40 de xG. Perdemos na posse de bola, com 43%

Para piorar a situação, o Botafogo venceu o Palmeiras e seu jogo seguinte, contra o Vasco, diminuindo nossa vantagem para 2 pontos. Só faltava 1 rodada e precisávamos vencer para garantir o título. Caso contrário, dependeríamos da boa vontade do Flamengo bater o seu rival carioca.

Mas melhora! Mizushima se lesionou na véspera do jogo, perdendo não apenas a rodada final, como também a final da Libertadores.

Num vai dar!

Foi o que eu pensei quando vi a posse de bola do Atlético subir gradualmente até os 20 minutos. Iseppe fez jogada de linha de fundo pela direita e cruzou rasteiro para dentro da área. Flaco López (aquele) desviou de primeira e abriu o placar.

Coloquei o time pra frente e conseguimos melhorar o número de finalizações, mas ainda tínhamos dificuldade em manter a bola. Finalmente, aos 40, Borza correu atrás de uma bola que ele mesmo perdeu após passe errado. Carregou até o centro e deu passe para Daoud, que acertou um chutaço no canto direito de Fuzato, empatando o jogo!

A expectativa era seguir melhorando para virar no segundo tempo. A realidade foi o cruzamento rasteiro de Zaracho encontrando Flaco López dentro da área. O centroavante atleticano não perdoou, outra vez. 1x2!

Mas nós respondemos muito rápido. Dois minutos depois, Wanderson recebeu de Roviola na beirada da área, pela direita, e lançou para a pequena área. Jeferson conseguiu o desvio para nivelar o placar outra vez!

O segredo agora era não levar mais um gol. Mas Zaracho e Iseppe seguiram aprontando pela direita. O primeiro invadiu a área e acabou derrubado por Borza. Pênalti! O cobrador foi Piquerez (aquele) e Cacá não conseguiu buscar, no canto direito. Situação dramática, 2x3!

Fiz as mudanças que precisávamos, com Borza, Daoud e Tyukavin cansados e jogando mal. A esperança em uma remontada surgiu aos 28. Maycon cobrou escanteio curto e Wanderson cruzou para dentro da área. Sabbag apareceu no segundo pau para cabecear e empatar outra vez. Ainda temos um jogo!

No fim das contas, lideramos as finalizações com 18 contra 10, sendo 11 finalizações no gol. O Atlético teve mais xG, 2,80 contra 2,18, e 57% de posse de bola. O empate foi justo, querendo ou não. A questão é que, dessa maneira, perderíamos o título se o Botafogo vencesse o Flamengo. O 3x3 foi frustrante.

Resultado e estatísticas do 3x3 contra o Atlético MG

Bom, de qualquer maneira, já éramos bicampeões brasileiros, então o título da Libertadores valeria muito mais, ainda mais pela trajetória, eliminando Boca e River em sequência.

Lembram do Talleres???

Pois é, enfrentamos o Talleres na fase de grupos de dois anos seguidos da Libertadores. Outro time que enfrentamos nos dois anos foi o Peñarol, também pela fase de grupos. Peñarol que cedeu sua casa, o Campeón del Siglo, para que fosse realizada a final da competição. Final essa que colocou Náutico e Talleres frente à frente outra vez.

As campanhas foram mais ou menos simétricas. O Talleres só pegou brasileiros. Meteu 5x2 no Internacional no agregado (5x1 só no jogo de ida, no Mario Alberto Kempes), eliminou o Palmeiras com um 4x3 também resolvido em casa, no primeiro jogo e, na semifinal, enfiou 3x0 no Botafogo em casa, segurando a derrota por 2x1 na volta, que foi suficiente para chegar à final. Só peixe grande...

Para o azar deles, tínhamos o time completo de volta, com El Sayed e Mizushima ainda se recuperando de lesão, mas prontos para participarem do jogo por alguns minutos, pelo menos. E não houve nem mistério. Ainda aos 3 minutos do primeiro tempo, Wanderson deu belo lançamento para Tyukavin que, por trás da zaga, conseguiu o domínio, entrou na área e bateu no canto esquerdo de Fernández, abrindo o placar!

Continuamos com amplo domínio e o 1x0 ficou barato ao final da primeira etapa. Problema resolvido cedo, aos 3 da etapa final. Daoud enfiou bola para Mizushima que, da ponta direita, cruzou rasteiro. Tyukavin completou, ampliando o placar e nos fazendo colocar uma mão na taça!

O Talleres foi praticamente inofensivo no decorrer da partida. Eu queria ter comemorado o gol de Jair e ele até veio, já aos 33, depois de cobrança de escanteio de Maycon, mas Tyukavin foi pego no meio do caminho da cabeçada em posição de impedimento, anulando o nosso 3º gol. Independentemente disso, nos sagramos campeões da Libertadores confortavelmente. Timbu coroado com a glória eterna!

Print colorido dos jogadores em cima de um palco comemorando o título da Libertadores, levantando a taça. Há pirotecnia no fundo, confetes caem do céu.

A CBF é uma bagunça até em FM (afinal, FM é vida real) e colocou o restante da rodada final do Brasileirão pra acontecer no dia seguinte à final da Libertadores, mesmo com o nosso jogo final tendo sido realizado na semana seguinte. Tivemos que esperar para descobrir, mas até que valeu a pena. O Flamengo conseguiu segurar o Botafogo com um 0x0 que nos garantiu o tricampeonato da Série A!

Print que mostra notícia no jogo dizendo

Sumário

Apesar da temporada positiva, senti um congelamento nas evoluções de alguns setores. Tyukavin correspondeu, de certa forma, marcando 37 gols em 48 jogos, mas 15 foram só no Pernambucano e só 11 foram na Série A. Jair manteve a média altíssima, com 32 gols em 53 partidas. Mizushima ainda marcou 22 gols, com 9 assistências e Sabbag contribuiu com 18 tentos em 38 jogos.

Díaz foi o nosso garçom, com 29 assistências em 58 partidas, além dos 15 gols que marcou. Abaixo dele, Alexsander deu 11 assistências, e o resto menos de 10 (Sayed, Mizushima e Borza).

Não posso reclamar da evolução de Cacá, que sofreu 23 gols em 39 partidas, um bom número. Só senti que Roviola ficou devendo, ainda mais depois das muitas propostas de vários times diferentes. Não pretendo vendê-lo porque, com o mercado inflacionado do jeito que tá, é muito difícil encontrar uma reposição barata com a mesma qualidade. Qualquer jogador do mesmo nível ou superior ao que tenho é mais de 130 milhões. A outra opção seria trazer um jogador pensando no futuro, e sabe-se lá mais quantos anos pra maturar e chegar no mesmo nível em atributos.

De qualquer maneira, o título da Libertadores indicava o fim cada vez mais próximo desse save, restando apenas que participássemos do Mundial de Clubes. O problema é que seria difícil manter o nível do time. Na verdade, era necessário melhorá-lo e eu já não tinha muito mais dinheiro. Quem sabe dê para resolver até lá, considerando que a competição só vai rolar em 2029. Ou seja, ainda teremos mais dois anos de save. Mas isso é uma conversa pra próxima temporada.